O que a Ansiedade gera em Relacionamentos, no Trabalho e nas Atividades de Lazer.
Ansiedade: Como Identificar, Entender e Superar seu Impacto no Dia a Dia
Ansiedade: a origem de muitos problemas
Em atendimentos clínicos, frequentemente recebo pessoas com queixas diversas em diferentes áreas da vida. Apesar das diferenças aparentes — dificuldades nos relacionamentos, no trabalho ou mesmo no momento de lazer —, um fator em comum costuma estar presente: a ansiedade desregulada.
Na vida a dois
Muitos pacientes relatam dificuldade em criar vínculos íntimos profundos sem cair em conflitos constantes. A ansiedade exagerada gera tensão, ciúmes e insegurança, impedindo que o casal cresça junto. Em vez de nutrir a relação, o medo de errar ou de perder o outro vira um ciclo de críticas e distanciamento.
No trabalho
Uma tolerância baixa ao estresse, dificuldade de convívio social e cansaço mental excessivo são sintomas recorrentes. A pessoa leva para casa a sensação de exaustão, mesmo após o expediente, permanecendo em alerta — incapaz de relaxar. Isso influencia não só o desempenho profissional, mas também a saúde física e emocional.
Na vida pessoal e no lazer
Por vezes, até atividades prazerosas — estudar, cuidar da casa, praticar esportes — passam a parecer vazias e sem sentido. A ansiedade cria uma percepção de “nada basta”, deixando a pessoa desconectada do presente e presa a preocupações sobre o passado ou o futuro.
Por que a ansiedade aparece?
Do ponto de vista evolutivo, a ansiedade tem função importante: diante de perigos reais, ela dispara o mecanismo de “luta ou fuga”, acelerando o coração, liberando energia pelo corpo e aguçando os sentidos para nos manter vivos. Hoje, mesmo sem ameaças físicas imediatas, nosso organismo reage da mesma forma a preocupações cotidianas, sem distinguir o nível real de risco.
Resposta normal x resposta patológica
Ansiedade funcional: aquele frio na barriga antes de um desafio ou o aperto no peito antes de falar em público — sinais de que seu corpo está se preparando para agir.
Ansiedade patológica: quando a sensação se torna constante, exagerada e desproporcional, atrapalhando tarefas simples, prejudicando o sono, gerando medo intenso sem motivo aparente e interferindo nas relações pessoais e profissionais.
Como saber se a ansiedade está fora de controle?
Duração excessiva: persiste por dias ou semanas, mesmo após o fim do “gatilho” inicial.
Impacto no dia a dia: tarefas rotineiras se tornam difíceis de cumprir.
Sintomas físicos: palpitações, sudorese, tremores ou tensão muscular sem causa orgânica clara.
Prejuízo nas relações: isolamento, irritabilidade ou conflitos frequentes com amigos, família ou colegas.
Quando esses sinais aparecem, a ansiedade está tentando indicar que algo precisa de atenção — seja um conflito interno, traumas não resolvidos, expectativas irreais ou padrões de pensamento distorcidos.
Ideias práticas para clarear o caminho
Reestruturação cognitiva
Identifique pensamentos automáticos negativos (por exemplo, “Eu sempre vou falhar”) e desafie-os com perguntas como “Que evidências sustentam ou refutam essa ideia?”.
Exercícios de respiração e atenção plena (mindfulness)
Pratique a respiração diafragmática: inspire contando até quatro, segure por quatro e expire em quatro.
Reserve alguns minutos diários para observar sensações e pensamentos sem julgá-los, ancorando-se no presente.
Diário emocional
Anote situações que despertam ansiedade, as emoções sentidas e os pensamentos associados. Isso ajuda a mapear gatilhos e padrões de resposta.
Atividade física e sono regulado
Exercícios aeróbicos regulares liberam endorfina e serotonina, diminuindo o impacto da ansiedade.
Estabeleça rotina de sono: hora fixa para dormir e para acordar, evitando telas antes de deitar.
Suporte social e psicoterapia
Compartilhar preocupações com pessoas de confiança reduz a sensação de isolamento.
A psicoterapia oferece um espaço seguro para explorar emoções, ressignificar traumas e desenvolver estratégias personalizadas de enfrentamento.
A ansiedade, em sua dose equilibrada, é aliada na nossa evolução: motiva, alerta e mobiliza recursos internos. Mas, quando ultrapassa limites, torna-se fonte de sofrimento e bloqueios.
Reconhecer os sinais de que ela está fora de controle e adotar práticas psicológicas — como reestruturação cognitiva, mindfulness, registro de emoções e busca por apoio — são passos fundamentais para retomar o equilíbrio.
A psicoterapia, neste processo, oferece orientação profissional e um caminho de autoconhecimento que fortalece sua capacidade de lidar com a ansiedade de forma saudável.
Abraço,
Julio Furlaneto
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